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Golfe. Ricardo Santos mágico salta para o comando do Optilink Tour Championship

Ricardo Santos espalhou alguma da magia que trouxe do Magical Kenya Open, do DP World Tour, e saltou hoje (terça-feira) para o comando do Optilink Tour Championship, após uma segunda volta de 66 pancadas, 6 abaixo do Par do Dom Pedro Victoria Golf Course, em Vilamoura.

Após dois dias de prova da final do PT Tour (Portugal Tour) de 2021/2022, que distribui 20 mil euros em prémios monetários, essas 66 pancadas são a melhor volta dos 70 participantes.

«Sim, tenho estado a jogar bem, e hoje joguei muito bem os ‘shots’ ao green. Foi a maior diferença para o jogo de ontem. Coloquei a bola muito mais perto da bandeira e só falhei um green», disse o algarvio de 39 anos que, na sua última competição, no Open do Quénia, tinha encerrado a sua prestação com 7 pancadas abaixo do Par, a sua terceira melhor volta de sempre na primeira divisão do golfe profissional europeu.

O profissional da Titleist totaliza 136 pancadas, 8 abaixo do Par, após voltas de 70 e 66, e subiu de 3.º para 1.º, dispondo agora de uma vantagem de 8 pancadas sobre o 2.º classificado, o escocês Sam Locke (72+68).

Pedro Figueiredo (68+73), que liderava aos 18 buracos, integra agora o grupo dos 3.º classificados com 141 (-3), um conjunto que inclui outro português, Hugo Santos (69+72) e ainda os britânicos Bradley Bowden e James Adams, ambos com voltas de 72 e 69. 

Esta semana, Ricardo Santos não conseguiu entrar no torneio do DP World Tour que vai decorrer na África do Sul e nem pensou duas vezes, optando por competir no Algarve.

«Este torneio é ótimo para poder treinar em competição, especialmente sendo ao lado de casa. Uma vez que não entrei nos torneios da África do Sul, faz todo o sentido jogar, para preparar-me da melhor forma para o torneio da próxima semana», acrescentou o antigo duplo campeão nacional (2011 e 2016), que não sofreu qualquer bogey hoje e carimbou 6 birdies.

Merece especial saliência o buraco 18, que já lhe foi aziago no passado no Portugal Masters, mas que neste Optilink Tour Championship já lhe valeu 2 birdies em dois dias: «O 18 tem sido um bom buraco. É verdade que já me deu uns dissabores, mas também já me deu algumas alegrias».

Ricardo Santos conhece como poucos o campo desenhado pelo saudoso Arnold Palmer. Durante anos foi o seu embaixador no European Tour, mas, tal como Pedro Figueiredo na véspera, também ele atesta que o Dom Pedro Victoria Golf Course está bem diferente.

«Tem estado sempre a chover, o que influencia bastante o jogo. O campo está completamente diferente, muito mais comprido. A bola não rola nada nos fairways e, com a chuva, a bola também não voa muito. Basicamente, o campo está muito pesado e comprido», assegurou.

Para além dos irmãos Santos e de Pedro Figueiredo, há mais nove portugueses em prova. Após ter-se completado a penúltima volta, as suas classificações e resultados são as seguintes:

12.º (empatado) Tomás Melo Gouveia, 144 (71+73), Par;

17.º (empatado) Pedro Almeida, 145 (74+71), +1;

32.º (empatado) Pedro Lencart, 149 (76+73), +5;

32.º (empatado) João Girão, 149 (75+74), +5;

53.º (empatado) Hugo Camelo (amador), 155 (74+81), +11;

56.º (empatado) Guilherme Oliva (amador), 156 (77+79), +12;

59.º (empatado) Miguel Gaspar, 158 (81+77), +14;

62.º (empatado) Alexandre Abreu, 159 (79+80), +15;

66.º João Magalhães, 161 (78+83), +17.

Neste segundo dia, subiram na classificação Pedro Almeida, Pedro Lencart, João Girão, Miguel Gaspar, Alexandre Abreu. 

O Optilink Tour Championship termina amanhã (quarta-feira) com a última volta a iniciar-se às 8h00.