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Os ouvidos do mundo ajudaram-nos desta vez

Pelo que se sabe à hora que escrevo, a Polícia Judiciária conseguiu impedir um rapaz de 18 anos de perpetrar um ataque aos seus colegas da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que, supostamente, ocorreria hoje. O mais impressionante, e sem querer tirar um milímetro de mérito à PJ, é o facto de ter sido o FBI, de acordo com a CNN Portugal, a descobrir as intenções do jovem da região de Fátima e que vive nos Olivais, Lisboa. É impressionante como a nossa vida é ‘vigiada’ sempre que entramos nas redes sociais, embora, ao que se saiba, a polícia americana encontrou este potencial terrorista na dark web, zona onde os potenciais terroristas trocam informações e onde os fundamentalistas tentam ‘angariar’ novos ‘soldados’. Ao que se sabe, o português, agora detido, pensou tudo sozinho, embora se tenha documentado largamente sobre atentados semelhantes nos EUA e na Europa, e não lhe são conhecidas motivações religiosas. Voltando ao FBI, é incrível como conseguem ter ouvidos e olhos no mundo inteiro. Quantas pessoas se dedicarão a este fenómeno por dia? Se às forças americanas juntarmos as russas, chinesas, israelitas, francesas, alemãs ou inglesas, entre tantas outras, percebemos por que razão não há mais atentados. Sem esses ouvidos e olhos há muito que a Europa se tinha transformado num inferno. Certo é que, em princípio, lhes ficamos a dever esta denúncia que fez abortar um atentado com consequências que poderiam ser dramáticas. E aqui penso que são poucos os que falam na violação da privacidade, pois as vigilâncias policiais param em determinadas palavras, ficando em alerta sempre que são proferidas expressões perigosas, além de monitorizarem os sites onde se alojam aprendizes de terroristas, o que nos facilita a nossa vida. É o preço a pagar pela segurança. Aquando da detenção, a PJ apreendeu uma catana, flechas, outras armas brancas e uma botija de gás (!) com que o jovem pretendia matar os seus colegas. Não se sabe ainda as motivações do português – se fosse de outra nacionalidade teriam dito? –, mas certo é que os colegas organizadores de praxes já deram a entender que hoje não vão aos exames…